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Como surgiu o empreendedorismo feminino?

  • Foto do escritor: Rafa Martuscelli
    Rafa Martuscelli
  • 21 de jun. de 2021
  • 4 min de leitura

Atualizado: 22 de jun. de 2021

Com a quantidade de mulheres empreendedoras crescendo a cada dia, não paramos para refletir sobre como surgiu o empreendedorismo feminino. Apesar de nós, mulheres, sermos testadas diariamente quando se trata do nosso trabalho, estamos conquistando nosso espaço nessa carreira.

Consequentemente, essa mudança no mercado de trabalho vem promovendo discussões acerca do tema. Por isso, é importante ter a consciência de como surgiu o empreendedorismo feminino — afinal, essa é a nossa história!

A história do empreendedorismo feminino

O empreendedorismo em si não tem uma data de nascimento correta. Na realidade, os termos que remetem ao ato de empreender surgiram nos séculos XVII e XVIII na França. Eles serviam para identificar aqueles que estimulavam o progresso econômico por meio de suas atitudes.

Foi apenas em 1950 que o economista e cientista político austríaco Joseph Schumpeter definiu o empreendedor como aquele que possui habilidades técnicas e capitalistas, com capacidade para organizar operações internas.

Mas, então, quando as mulheres passaram a ter visibilidade como empreendedoras?

É fato que, por muito tempo, a figura feminina foi associada à fragilidade e dependência, subordinada ao masculino. Posteriormente, com a conquista de nossos direitos, a presença feminina em cargos historicamente “masculinos” está crescendo.

Desde as duas grandes Guerras Mundiais, enquanto os homens precisavam estar nas batalhas, a mão de obra das mulheres passou a ser valorizada. Em 1988, com a Constituição Federal, o desenvolvimento empreendedor feminino foi garantido. Com ela, as mulheres passaram a ter atribuições de mesma capacidade que os homens.

Apesar de recente, essa transformação cresce a cada dia. Por isso, devemos sustentar esse crescimento, promovendo a igualdade quanto o espaço feminino no empreendedorismo.

O mercado de trabalho e a presença feminina

Agora que você sabe como surgiu o empreendedorismo feminino, é hora de conversar sobre como está o mercado de trabalho atualmente. Vamos começar com uma boa notícia: o empreendedorismo feminino está em alta! Vamos aos dados!

Em 2019, a consultoria McKinsey, em parceria com o evento Brazil at Silicon Valley, realizou um estudo que classificou o Brasil como um país de empreendedores. Segundo a pesquisa, 39% da população economicamente ativa (PEA) tem a sua própria empresa.

Já em um relatório produzido pela MindMiners, dessa população que tem seu empreendimento, 59% são homens e 41% são mulheres. Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), as principais áreas de atuação que empreendedorismo feminino se concentra são:

  • Varejista (37%);

  • Artigos de vestuário e complementos (27%);

  • Confecção, fabricação de produtos alimentícios, malas, bolsas, valises, artefatos e materiais do tipo (14%).

O levantamento também concluiu que, em 33% dos casos, as mulheres preferem atividades que estejam ligadas ao comércio varejista, enquanto 20% investem em alimentação e 12% apostam na indústria de transformação. Portanto, a tendência feminina está mais para a área de serviços.

Mulheres empreendedoras e suas contribuições

Se as mulheres estão cada vez mais presentes no mundo dos negócios, é porque figuras importantes já lutam por esse espaço há mais tempo do que imaginamos. Por décadas tentamos nos destacar nesse mercado e hoje temos mais espaço do que antigamente.

Quem carrega esse mérito foram mulheres empreendedoras incríveis, que nunca desistiram de suas caminhadas. Mas, afinal, quem são elas? Conheça abaixo algumas mulheres inspiradoras no empreendedorismo.



Barbe-Nicole Clicquot

A madame Clicquot é considerada a primeira mulher no mundo dos negócios. Em pleno século XIX, após a morte de seu marido, ela seguiu com a empresa deixada a ela pelo falecido. Depois de aprender mais sobre vinhos, conseguiu consolidar a sua marca em uma das melhores do planeta até hoje!

Luiza Trajano

Luiza Helena Trajano, ou apenas Luiza Trajano, é uma empreendedora brasileira conhecida por transformar uma empresa de família em um dos maiores varejistas do Brasil.

Sim, estamos falando da Magazine Luiza! Por meio do preparo e estratégia, conseguiu os maiores e melhores resultados para a sua empresa. Hoje, a rede conta com mais de 740 lojas, espalhadas em 16 estados brasileiros.

Coco Chanel

Gabrielle Chanel, conhecida como Coco Chanel, não se conteve apenas em lançar tendências de moda. Ela também foi a responsável por criar uma das marcas de luxo mais conhecidas do mundo, que levou o seu nome: Chanel! Com essa conquista, Coco se tornou uma das figuras mais importantes e influentes do século XX.

Camila Farani

Aos 21 anos, Camila deu seus primeiros passos no negócio de sua família — uma pequena tabacaria. Tudo começou com uma sugestão: ela deu a ideia para que sua mãe incluísse coquetéis feitos com café no cardápio. Uma simples alteração teve como resultado um aumento expressivo nas vendas e uma sociedade com sua mãe.

Depois, Camila fundou a G2 Capital, empresa focada em investimentos para empresas de tecnologia. Assim, ajudou vários empreendedores a potencializarem o seu negócio.

Paola Carosella

A famosa cozinheira argentina Paola Carosella sempre teve traços de empreendedora. Quando concluiu o ensino médio, aos 17 anos, não se interessou por nenhuma carreira formal. Foi aí que começou a cozinhar e entregar marmitas em escritórios de Buenos Aires.

Após se especializar e trabalhar em restaurantes por 12 anos, decidiu criar o seu próprio negócio. Em 2003, criou o seu primeiro restaurante, chamado Julia Cocina. Depois, fundou o Arturito, um dos restaurantes mais premiados de São Paulo.

Vamos estimular o empreendedorismo feminino!

O empreendedorismo feminino é sinônimo para o empoderamento. Com isso em mente, a liderança feminina pode resultar em melhorias para diversos âmbitos da sociedade.

Quando falamos sobre sociedade, mulheres que empreendem desempenham um papel importante quando se trata de reduzir as diferenças nas oportunidades de ascensão de carreira. É sobre a igualdade de crescimento, independentemente do seu gênero.

Já para a economia, o aumento de novas empreendedoras pode causar um impacto no Produto Interno Bruto (PIB) do mundo!

Alimentar o crescimento de empresas cujas donas são mulheres vai acarretar em novas ideias e serviços, podendo redefinir todo o futuro. Além disso, mulheres em grandes cargos são importantes também para a estratégia das empresas.

Por isso, devemos incentivar e estimular o nosso empreendedorismo! Aos poucos, conseguimos mudar a nossa realidade e todo mercado de trabalho, sem dúvidas.

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